Relatório de avaliação da Pesquisa Inovativa Pequena Empresa (Pipe), programa da Fapesp que apoia a união entre pesquisa e empreendedorismo, esclarece dificuldades, contextos e possibilidades da relação universidade-indústria e empreendedorismo brasileiro
Por: Guilherme Cavalcante Silva (InSySPo)
O impacto da pandemia de Covid-19 na atividade empreendedora e de startups ainda é incerto, quando se trata de números e estatísticas. Porém, se há uma palavra-chave que se encaixa na atuação empreendedora durante a pandemia e promete permanecer por mais algum tempo, esta certamente não é destruição ou encerramento, e sim adaptação. Uma pesquisa realizada pelo Sebrae durante a pandemia, abrangendo um universo de 17,2 milhões de pequenos negócios, mostrou que apenas 3,5% dos empreendedores resolveram fechar seus negócios de vez, enquanto pouco mais de um terço revelou adaptar suas iniciativas e formas de funcionamento para sobreviver e prosperar (por que não?) em tempos de vacas magras. Embora o cenário possa parecer pessimista, existem motivos para nutrir expectativas positivas em relação ao cenário de startups e empreendedorismo no Brasil? Se sim, quais as características necessárias para que os tempos de pandemia sejam também os tempos de inovação e ideias renovadoras no cenário empreendedor?
Um estudo interdisciplinar conduzido por pesquisadores de diversas universidades no Brasil, e coordenado por dois investigadores ligados ao programa SPEC InSySPo: Bruno Fischer e Sérgio Salles, ambos docentes na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), pode fornecer respostas para esses questionamentos. O estudo foi a mais recente avaliação do Pipe, uma iniciativa de fomento ao desenvolvimento de pequenas empresas orientadas à inovação, em conjunto com a universidade, liderada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). A iniciativa, que surgiu em 1997, espelhando o programa estadunidense Small Business Innovation Research (SBIR), tem, entre seus objetivos, “apoiar a pesquisa em ciência e tecnologia, promover o desenvolvimento empresarial, a inovação e aumentar a competitividade das pequenas empresas”, tudo isso através de aportes financeiros que chegam a até R$ 1,2 milhão por projeto apoiado. Uma iniciativa ousada para reverter um quadro complicado no cenário brasileiro: o número ainda tímido de projetos inovadores no empreendedorismo nacional.
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