A professora Esther Pinheiro, da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) e a estudante de Ciências Biológicas da mesma instituição Gabriela Rita Silva, estiveram no IG para acessar fósseis do acervo científico de Paleontologia da unidade. O material será utilizado para complementar um projeto que vai estudar as relações entre os insetos e as plantas do sítio geológico e paleontológico de Fonseca, localizado próximo ao Quadriláetro Ferrífero, em Minas Gerais. As pesquisadoras pretendem identificar como foram as interações entre insetos e plantas que aconteceu entre 30 - 20 milhões de anos atrás e que foi registrada na flora fóssil de Fonseca. Essas interações incluem mordidas, minas, galhas entre outras
“A professora Fresia Branco já estudou essa flora anteriormente, descreveu esses fósseis e registrou que haveriam sim essas interações inseto-planta”, explica a docente da UEMG. As pesquisadoras de Minas se interessaram pela coleção do IG que tem exemplares da região do Fonseca. Pinheiro explica que primeiro olham a amostra a olho nu e depois analisam com uma lupa para observar possíveis danos e tiram fotos. “Uma coisa é a gente olhar na literatura. Outra coisa é olhar o fósseis propriamente dito”, explica Gabriela Silva. De acordo com a estudante, após uma revisão bibliográfica, identificou-se que a docente da Unicamp tinha estudos ligados ao tema.
De acordo com Frésia Branco, “uma das dúvidas que existem hoje em dia é a origem da Mata Atlântica. Você tem uma floresta tropical que antes não existia, antes do Cretáceo”. Muito provavelmente por conta de variações climáticas. “A floresta fossil de Fonseca representa um possível ancestral das atuais florestas tropicais do Brasil, pois no tempo que ela existiu o clima foi quente e úmido”, complementa.
A ideia das duas pesquisadoras da UEMG é desenvolver essa paleobotânica de Minas Gerais a partir da análise da relação entre insetos e plantas.
Texto e foto: Eliane Fonseca Daré