![Marko](/sites/portal8.ige.unicamp.br.portal/files/styles/artigos_academicos/public/artigos-academicos/2024-04/Marko-earth-3355931_1280.jpg?itok=V3a6jjbS)
Resumo: Este artigo investiga a forma como foi discursada a crise de abastecimento hídrico registrada na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), durante o biênio 2014-2015. São enfocados aspectos de monopólio de informações e mobilização da expertise científica pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo e pelo Governo do Estado de São Paulo, e da instrumentação desses aspectos na comunicação massiva dedicada ao episódio. Amparados nos Estudos Sociais de Ciência e Tecnologia e na teoria do enquadramento (framing), foram analisados 63 documentos publicados por esses atores. Os resultados apontam para um plano discursivo que buscou moldar a interpretação da crise, relativizando a condição dos agentes públicos e revigorando determinado modelo de expansão da rede de abastecimento hídrico. A contribuição dessa investigação é a identificação do discurso público como instrumento de ação sobre a infraestrutura urbana de saneamento básico.
Palavras-chave:
Crise hídrica; Região Metropolitana de São Paulo; Comunicação de risco; Sabesp; Análise do discurso