Quando pensamos na seca do semiárido brasileiro, uma das imagens que nos vem à memória é a do quadro “Retirantes”, de Cândido Portinari - uma família pobre, carente de água e de alimentos saindo de sua região em busca de uma vida melhor. Mas como reverter a situação retratada na obra e tão marcante na vida de quem mora naquela região? Desde o período colonial, políticas públicas priorizam ações de combate à seca. No entanto, esse é um fenômeno natural recorrente, impossível de ser combatido. Há cerca de 20 anos distintas organizações da sociedade civil, como associações de agricultores, cooperativas, sindicatos rurais, entre outras, reuniram-se para transformar a relação do homem com o espaço a partir dos princípios de convivência com o semiárido. Nasceu assim a Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), centrando suas ações no direito ao acesso à terra e à água.
Uma das ações desenvolvidas é o Programa Cisternas nas Escolas, que visa a construção de cisternas com capacidade de armazenamento de 52 mil litros de água da chuva em escolas rurais do semiárido brasileiro. O Programa foi o foco da dissertação de mestrado de Kezia Andrade dos Santos, defendida no início de fevereiro no Instituto de Geociências (IG) da Unicamp, no Programa de Ensino e História de Ciências da Terra. A pesquisa teve como orientador Roberto Greco, docente e coordenador da Comissão de Extensão do IG, e como co-orientadora Priscila Pereira Coltri, pesquisadora e diretora associada do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri).
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Por Eliane Fonseca
Foto: Antônio Scarpinetti
Edição de imagem: Renan Garcia