Pesquisadores do Instituto de Geociências que realizam atividades de campo devem ficar atentos à febre maculosa. A doença é transmitida por carrapatos infectados e inicia-se subitamente, com uma febre (moderada a alta), com duração média de duas a três semanas, podendo estar acompanhada de cefaleia, calafrios e congestão das conjuntivas. O indivíduo pode ainda apresentar fadiga extrema (prostração) e dores musculares.
O tempo entre a picada e o início dos primeiros sintomas varia de 2 a 14 dias, com média de 7 dias. Quando não tratada, a letalidade da doença pode passar de 80%. Portanto, se houver contato com carrapatos e se apresentar algum dos sintomas descritos, deve-se procurar imediatamente atendimento médico, mencionando ao médico tal contato.
Leia abaixo as orientações da área de Meio Ambiente da Unicamp para prevenção da febre maculosa:
“Ao adentrar em áreas consideradas de risco para presença de carrapatos, observar as seguintes orientações:
A) Utilizar em toda superfície corporal repelente com Icaridina em concentração igual ou superior a 25% de princípio ativo. Após aplicar no corpo, aplicar sobre as roupas e calçados.
B) Usar macacão ou calça e camisa de mangas longas, de preferência na cor clara facilitando a visualização de carrapatos.
C) Pode ser utilizada fita adesiva prendendo a bainha da calça ou macacão com a bota impedindo a entrada de carrapatos.
D) Evitar caminhar, sentar ou deitar em áreas conhecidamente infestadas por carrapatos.
E) Vistoriar o corpo minuciosamente, a cada 2 ou 3 horas. Prestar atenção na forma jovem do carrapato (micuim), que apresenta tamanho bastante reduzido e por isso, de difícil visualização.
F) Após a utilização, todas as peças de roupas devem ser retiradas com cuidado, colocadas em um saco de lixo - descarta-lo adequadamente (se for o caso) ou colocá-lo em um freezer até a sua reutilização e ou lavagem.
G) Realizar inspeção corporal imediatamente após a remoção das roupas utilizadas no campo.
H) Tomar banho quente utilizando bucha vegetal para facilitar a remoção mecânica de algum carrapato que não tenha sido percebido anteriormente.
I) No caso de encontrar carrapato fixado à pele, observar:
• Não espremê-lo com as unhas, para não se contaminar;
• Não encostar objetos aquecidos tais como fósforos, cigarros ou agulhas;
• Retirá-lo com calma, através de leves torções, com auxílio de uma pinça que deverá prender o aparelho bucal e não o corpo do carrapato.”
Veja como deve ser a remoção adequada do carrapato.
Saiba mais sobre o ciclo do carrapato.
Caso tenha tido contato com carrapatos e tenha início dos sintomas associados a esse contato, procure o Centro de Saúde da Comunidade (CECOM).
(19) 3521-9020 / 3521-9021
Leia pesquisas divulgadas no Jornal da Unicamp sobre Febre Maculosa:
Pesquisa sugere ações no combate à febre maculosa
Mapeamento pode antecipar diagnóstico da febre maculosa
Por Eliane Fonseca
Imagens cedidas pela área de Meio Ambiente da Unicamp