Uma equipe formada por estudantes do Instituto de Geociências da Unicamp, da UERJ, da UFSCar e da USP vai participar pela segunda vez consecutiva da etapa global do Space Apps Chalenge, da Nasa - o maior hackathon do mundo destinado para o público geral que busca solucionar desafios propostos pela agência espacial norte-americana. O grupo ficou entre as três equipes vencedoras da etapa regional de Campinas. Em novembro serão apresentados os 40 projetos finalistas e em dezembro serão anunciadas as 10 equipes vencedoras, que ganharão uma viagem para visitar a agência espacial e assistir o lançamento de um foguete. Na edição de 2021, a equipe ficou entre as 37 finalistas globais.
O time, formado por Gabriel Pelizari, Thassia Pine Gondek e Vitória Ventura – estudantes de Geologia na Unicamp; João Pedro Cosso, estudante de Ciência da Computação na UERJ; Vitor Ribeiro, estudante de Ciência da Computação na UFSCar; e Ana Arantes, que estuda Engenharia Agronômica, na USP, competiu em Campinas com outras 32 equipes.
O desafio da edição de 2022 trouxe o tema geral “Make Space”, em que os participantes poderiam escolher um entre 23 desafios. “O nosso time escolheu o desafio ´Twinkle Twinkle Little Star`, que tinha como objetivo criar uma ferramenta de ensino interativa e cativante acerca das estrelas variáveis – aquelas que modificam sua luminosidade em uma escala de tempo menor que 100 anos, sendo imperceptível para os olhos humanos”, explica Gabriel. Para trazer uma solução, os alunos desenvolveram o projeto “Twinkle Tycho”. Eles criaram um site que, segundo o estudante, “passa uma experiência ao usuário de aprendizagem teórica, testes práticos, um visualizador em que se pode navegar pelo céu estrelado e selecionar as estrelas variáveis para estudo, além de um jogo onde a pessoa pode criar sua própria estrela com uma modelagem feita com base nas curvas de luz das estrelas convertidas em som”.
Com experiência na maratona, a equipe entendeu que sua multidisciplinaridade era um fator positivo, pois cada um desenvolveu uma parte do projeto de acordo com suas melhores capacidades. Conhecer o processo de análise dos projetos na edição anterior foi um aprendizado para a equipe. “O fator mais importante foi a identificação dos erros que cometemos no nosso projeto da última edição. Para criar um projeto vencedor, é importante saber reconhecer os próprios erros para não repeti-los. Nesse ano, sentimos que estávamos muito mais conscientes daquilo que queríamos e como atingir este objetivo”, diz Gabriel.
Presencial, a experiência de 2022 foi totalmente diferente de 2021, que foi online. "Chegamos antes do evento começar para arrumarmos todos os equipamentos e iniciarmos o trabalho no momento exato. Mantivemos um ritmo acelerado e produtivo mesmo durante a madrugada e mesmo assim só fomos entregar o projeto faltando um minuto para o fim da competição”, explica Gabriel. Em 2021 o grupo tinha acabado de se conhecer e mesmo assim teve boa sintonia. “Criamos um grande vínculo de amizade e não vamos modificar a composição da equipe até ganharmos”, finaliza.
Por Eliane Fonseca Daré
Imagem: Arquivo pessoal