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Contra-hegemônico, rap enfrenta exclusão, racismo e marginalização - Jornal da Unicamp

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  • Contra-hegemônico, rap enfrenta exclusão, racismo e marginalização - Jornal da Unicamp
Moyses
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Publicado originalmente no Jornal da Unicamp, em 01/04/2024

Geógrafo investiga como coletivos de São Luís e de São Paulo se organizam para resistir no espaço urbano
Desde o final da década de 1970, o rap (rhythm and poetry, ritmo e poesia em inglês) produz rimas musicadas que narram de modo crítico o cotidiano das chamadas “quebradas”. O rap legitima a territorialidade e denuncia a marginalidade e a exclusão social históricas, fazendo parte da cultura hip-hop, cujas raízes vêm da ancestralidade africana. O hip-hop, desde seu surgimento, viu-se alvo do preconceito racial e social, situação que ainda perdura. Uma tese defendida no Instituto de Geociências (IG) da Unicamp busca compreender de que forma o rap se estabeleceu como um movimento “contrarracional” frente à pobreza estrutural-urbana entre 2000 e 2022, no distrito do Grajaú, na cidade de São Paulo (SP), e nas regiões do Quilombo Liberdade e do Quilombo João Paulo, na capital maranhense, São Luís.

Na pesquisa, Mauricio Moysés, sob orientação de Adriana Bernardes, docente do Programa de Pós-Graduação em Geografia, investigou como os agentes do rap se organizam para resistir à pobreza diante dos tensionamentos instalados no espaço geográfico em que vivem. A tese, segundo Bernardes, inova a área de pesquisa sobre o espaço urbano. “A periferia das grandes cidades brasileiras é um lugar de sobrevivência, de luta por trabalho e moradia, de preservação da memória e de ascensão de circuitos econômico-culturais”, destaca.

Conforme apontado na tese, o rap, uma música produzida pelos pobres, pelos excluídos, depara-se com uma grande carga de rejeição na sociedade como um todo. “Existe um preconceito racial bem demarcado. Há, no entanto, movimentos que procuram a todo momento reagir a essa condição”, afirma Moysés. No contexto histórico de violência e de abandono estatal da juventude nos bairros periféricos de São Luís, o hip-hop passa a ter uma presença ativa com o Movimento Organizado Quilombo Urbano do Maranhão, que resgata a juventude local por meio de ações coletivas. Já em São Paulo, coletivos realizam esforços para politizar a população como forma de confrontar a pobreza. O Xemalami, por exemplo, lança mão, em suas ações, do jogo de xadrez.

Moysés apresenta a noção da essência cotidiana para explicar que “o indivíduo tem a dimensão de que ele é um sujeito socioespacial, que toma consciência de como seu entorno o influencia. Tomando consciência de si, da sua história e do peso que há naquele lugar, ele pode realizar um movimento ‘contrarracional’”. Por meio do rap, explica o pesquisador, os sujeitos que residem em áreas periféricas, contrariando a “lógica” (ou de forma contrarracional), conseguem se expressar dando visibilidade e sentido à própria existência.

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O geógrafo Mauricio Moysés, autor da tese: “A periferia das grandes cidades brasileiras é um lugar de sobrevivência”
Moysés nasceu e cresceu na periferia de Araraquara (SP), onde teve contato com o grafite, um dos quatro elementos que integram a cultura hip-hop (breaking, DJ, grafite e MC). Tentou ser DJ, mas não tinha condições de comprar o equipamento necessário. “Foi então que uma professora de língua portuguesa promoveu um concurso de paródia e eu fui um dos vencedores. Descobri, assim, que tinha trato com as palavras, que podia criar poemas, poesias, rimas e levar isso para o público”, lembra. O pesquisador passou a atuar como mestre de cerimônia [MC], cantando rap. E o hip-hop tornou-se uma válvula de escape para suas reflexões. Em 2013, depois de se transferir da Universidade Federal de São Carlos (UFScar) para a Unicamp, Moysés conheceu Bernardes e começou a trabalhar no Observatório de Conflitos Urbanos. No mestrado, o pesquisador analisou o circuito fonográfico do rap no Distrito Federal (DF), o que lhe permitiu reconhecer a atuação da classe trabalhadora envolvida com a música. Quando concluiu sua dissertação, uma pergunta restou: como os agentes ligados a essa cultura se organizam espacialmente para sobreviverem no cotidiano das grandes cidades?

“Vemos no rap uma circulação de informações que permite criar um microcircuito cultural responsável por dinamizar a economia local”, aponta o pesquisador em sua tese. A palavra “resistência” pouco aparece no estudo – em seu lugar surge o termo contrarracionalidade, inspirado pelo pensamento do geógrafo Milton Santos. “A contrarracionalidade é produto de uma razão que não é hegemônica – é contra-hegemônica – e é crítica à imposição que vem de fora. Podemos falar, assim, de elementos de resistência.” Moysés afirma ser preciso, portanto, falar com cuidado de resistência. “Pode ser que esse agente organizado, que tem uma ideologia e que se manifesta com uma visão de mundo de forma contrarracional, transite por elementos que estejam relacionados ao movimento hegemônico”, complementa Moysés.

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Entre as atividades do coletivo Xemalami, cuja sede fica no bairro paulistano do Grajaú, estão shows de rap (na foto maior, no alto da página) e projeto envolvendo jogo de xadrez (acima)
Qual a ligação, no final das contas, entre Brasília, São Paulo e São Luís? E como se viabiliza o rap nessas grandes cidades? O hip-hop do DF, de São Paulo e de São Luís é pioneiro no Brasil. Em 1983 os filmes Beat Street e Wild Style, ligados ao hip-hop, foram exibidos em terras brasileiras, marcando a introdução da cultura no país. De acordo com Moysés, “o circuito rap no DF é expressivo por conta de numerosas emendas distritais que possibilitam recursos direcionados a diferentes segmentos da cultura. Um deles é o rap. Algo que não há em São Paulo”. Em São Paulo, diz o pesquisador, há alguns editais da área de cultura, mas o acesso a eles é difícil devido à grande quantidade de pessoas que buscam recursos públicos. Todavia “o tamanho da população e da cidade e a concentração técnica, normativa, comunicacional favorecem que a cena de rap na capital paulista ganhe destaque”, afirma. “Já em São Luís, há formas residuais desses recursos. Existe, no entanto, uma força coletiva que ‘se vira’ [termo usado por Ana Clara Torres Ribeiro em Arte da Viração] para fazer acontecer, mesmo que com poucos recursos”, complementa.

A leitura da tese flui com leveza, como a leitura de um poema. “O hip-hop nos traz uma carga de responsabilidade muito grande. A primeira vez que cantei – eu tinha 16 anos – foi para um público de 5 mil pessoas. Eu tinha que saber o que estava falando. Desde então, sei qual é o peso da palavra”, afirma Moysés, que atualmente é pós-doutorando na mesma área. O pesquisador agora pretende comparar os movimentos contrarracionais do hip-hop em São Paulo e na Cidade do México.

Por Eliane Fonseca Daré

Fotos: Arquivo pessoal e Antoninho Perri

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