• Rua Carlos Gomes, 250 - CEP: 13083-855 - Campinas, SP, Brasil

Image not available

  • Portuguese, Brazil
    Image not available
  • English
    Image not available
  • Spanish
    Image not available
Utilizar o username do domínio IGE
Utilizar a senha do domínio IGE
  • Recuperar senha
IG 45 anos
Image not available
Unicamp
Image not available

Main Menu

  • Institucional
    • Apresentação
      • 30 anos de IG
      • 40 anos de IG
      • 45 anos de IG
      • Professores Eméritos
    • Diretoria
    • Colegiados
      • Congregação
      • CID
      • Legislação e Regimentos
    • Departamentos
      • DGEO
      • DGRN
      • DPCT
    • Relatórios
    • PLANES
    • AcolheIG
    • Biblioteca
      • Comissão
      • Regimento
      • Equipe
      • Relatórios
      • Serviços
      • Links
      • Redes Sociais
    • Mapeamento de Processos do IG
    • Periódicos do IG
    • Concursos Docentes
    • Programa de Pesquisador de Pós Doutorado
    • Concursos Técnicos e Administrativos
    • Contato
  • Comunidade
    • Docentes
    • Colaboradores
    • Técnicos e Administrativos
    • Pesquisadores
    • PosDocs
  • Graduação
    • Apresentação
    • Graduação em Geologia
    • Graduação em Geografia
    • Comissão de Graduação
    • Núcleo Docente Estruturante
    • Área do aluno
    • Ingresso na graduação
    • Disciplinas
    • Bolsas e estágios
    • Entidades estudantis
    • Contato
  • Pós-graduação
    • Apresentação
    • Programas
      • Ensino e História de Ciências da Terra
      • Geociências
      • Geografia
      • Política Científica e Tecnológica
    • Regulamentos e Catálogos
    • Comissão Geral da Pós-Graduação
    • Entidades Estudantis
    • PED - Programa de Estágio Docente da Unicamp
    • Bolsas
    • PRINT
      • Análise dos componentes naturais e das suas transformações
      • Ciência, Tecnologia, Inovação para a Sustentabilidade
      • Fronteiras do conhecimento em Geociências
      • Geoparques, Comunidades e Cidades Resilientes
      • Globalização e dinâmicas sócio-espaciais
    • Disciplinas
    • Estudante Especial
    • Defesas e Qualificações
      • Agenda
      • Procedimentos para Defesas e Qualificações
    • Repositório de Teses e Dissertações
    • Contato
  • Pesquisa
    • Apresentação
    • Comissão de Pesquisa
    • Recursos para pesquisa
    • Escritório de Apoio a Projetos
    • Produção acadêmica e técnico científica
    • Grupos de pesquisa
    • Contato
  • Laboratórios
  • Cultura e Extensão
    • Apresentação
    • Comissão de Extensão
    • Cursos de Extensão e Especialização
    • Atividades de Extensão
    • Formulário para cadastrar Ações de Extensão
    • Edital Extensão
    • Esquema de Ações de Extensão
    • UPA Virtual 2021
    • Contato
  • Comunicação
    • Notícias
    • Clipping
    • Redes Sociais

Grupo identifica no Brasil as conchas mais antigas da Terra

Trilha de navegação

  • Início
  • Notícias
  • Grupo identifica no Brasil as conchas mais antigas da Terra
Luana Morais
Image not available

Publicado originalmente no Jornal da Unicamp.

O surgimento dos primeiros animais capazes de biomineralizar, ou seja, produzir esqueletos, supõe-se ter ocorrido entre 550 milhões e 539 milhões de anos atrás, marcando a transição do Período Ediacarano, da Era Neoproterozoica, para o Período Cambriano, da Era Paleozoica. A importância dessa transição é tamanha que ela também marca uma mudança de éons, a maior hierarquia do tempo geológico. No Éon Proterozoico, dominavam a vida na Terra os organismos unicelulares. No Éon Fanerozoico, do grego “vida visível”, a biosfera terrestre passou a ser caracterizada por uma grande diversidade e uma grande distribuição geográfica de organismos multicelulares, incluindo os animais.

Para descrever a história da Terra, cientistas estudam as posições estratigráficas das rochas sedimentares – uma espécie de empilhamento de camadas de rocha que pode guardar fósseis em sua composição. Quanto mais baixo nas camadas estratigráficas, mais antigo é o fóssil. A Cloudina sp é um dos primeiros fósseis de organismo multicelular biomineralizado identificado em várias partes do mundo, tornando-se um fóssil-índice do intervalo de tempo entre o final do Ediacarano e o início do Cambriano.

Um artigo publicado recentemente na Scientific Reports, uma revista do grupo Nature, apresenta um estudo no qual um grupo de pesquisadores brasileiros encontrou e datou fósseis de conchas em uma unidade geológica localizada abaixo da ocorrência da Cloudina sp. O achado sugere que uma população muito diversa de organismos biomineralizadores interpretados como animais já habitavam nossas terras antes da Cloudina, há 571 milhões mais ou menos 9 milhões de anos.

Dentre os pesquisadores envolvidos na descoberta está o docente do Departamento de Geologia e Recursos Minerais do Instituto de Geociências (IG) da Unicamp Bernardo Tavares Freitas, cujo trabalho principal consistiu em estabelecer o contexto sedimentar e estratigráfico e contribuir com a datação dos fósseis. A datação teve papel importante na descoberta, pois permitiu aos pesquisadores confirmarem a posição estratigráfica das amostras. Freitas destaca o ineditismo dessa posição estratigráfica das conchas identificadas na Serra da Bodoquena, entre os municípios de Bonito e Bodoquena, no Mato Grosso do Sul (MS).

“Os fósseis não só foram encontrados abaixo da Cloudina sp, como ocorrem em rochas que têm uma idade radiométrica [idade calculada a partir do decaimento radioativo do urânio para chumbo] cerca de 30 milhões de anos mais antiga do que a idade até então atribuída para o aparecimento de fósseis similares no mundo”, afirma o pesquisador.

O reconhecimento dos fósseis resulta do trabalho que a pesquisadora Luana Morais realizou em seu doutorado e pós-doutorado dentro de um projeto temático liderado por Ricardo Trindade, do Departamento de Geofísica do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP), um projeto financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Morais estava à procura de organismos unicelulares capazes de biomineralizar quando identificou os novos fósseis no Mato Grosso do Sul. As amostras foram coletadas e estudadas pela pesquisadora entre 2017 e 2021.

De acordo com Morais, a descoberta traz implicações significativas para a evolução da biomineralizacão e para a correlação de rochas de mesma idade no mundo. Essa descoberta questiona, por exemplo, o uso de um grupo fóssil semelhante ao que foi descoberto, conhecido como small-shelly fossils (pequenas conchas fósseis), como marcador temporal do início do Fanerozoico. “No mundo inteiro, existem camadas de marcadores temporais que se baseiam no registro fóssil e auxiliam no entendimento sobre como a vida evoluiu. Não só isso: também sobre como a vida responde ao e interage com o ambiente. Existe uma coincidência de aparecimento temporal que os pacotes sedimentares fossilíferos ao redor do mundo costumam obedecer. Descobrimos, no entanto, que aqui no Brasil não foi bem assim”, afirma.

O registro da transição entre o Proterozoico e o Fanerozoico também pode ter sido afetado por questões ambientais locais, como a química da água do mar, o contexto tectônico e o clima no passado, fatores que podem ter favorecido a diversificação da vida e a preservação desse registro. Assim, a descoberta reforça a ideia de uma transição gradual entre as biotas do Ediacarano e do Cambriano.

Para chegar à datação de ~571 milhões de anos, Freitas trabalhou em parceria com o Instituto Federal de Tecnologia de Zurique (ETH Zürich), parceria essa selada quando o docente ainda estava na Faculdade de Tecnologia (FT) da Unicamp. Pesquisadores do ETH Zürich submeteram lâminas das amostras de rocha a um feixe de laser acoplado a um espectrômetro de massa, aparelho que mede a quantidade de diferentes isótopos de urânio e de chumbo, permitindo datar a idade geológica delas.

“Essa idade de 571 milhões mais ou menos 9 milhões de anos, que para nós representa a deposição e/ou as primeiras alterações que o sedimento sofreu para se tornar rocha, foi calculada por meio de uma média ponderada de várias idades que obtivemos de diferentes amostras”, disse.

De acordo com Freitas, o material encontrado gerou uma quebra de paradigma. “Convencer as pessoas de que um grupo de pesquisadores brasileiros encontrou isso na América do Sul não é algo fácil”, afirmou o pesquisador. O grupo inicialmente teve dificuldades para publicar o artigo justamente por conta das implicações apresentadas. “O artigo teve sua primeira versão redigida em 2022 e só foi aceito em 2024 depois de os pesquisadores responderem a diversas perguntas de inúmeros revisores”, explica Morais. Estudos sobre os fósseis das conchas mais antigas do mundo seguem e em breve novos dados devem ser divulgados.

Por Eliane F. Daré

Fotos: Antônio Scarpinetti e divulgação

Edição de imagens: Alex Calixto e Paulo Cavalheri

 

 

 

 

 

 

Galeria de imagens

  • O docente do IG Bernardo Tavares Freitas
    O docente do IG Bernardo Tavares Freitas

Endereço

Rua Carlos Gomes, 250
CEP: 13083-855
Campinas, SP

Como chegar  

22º48'48"S 47º04'09"W

Footer menu

  • Feedback do Portal

Links

  • Email Unicamp
  • Sistemas e Solicitações
  • Intranet (antiga)
  • Logotipos do IG
  • Fale com o IG

Menu do usuário

  • Entrar
IG 45 anos
Unicamp

Copyright © 2025 IG, Unicamp. Todos os direitos reservados

Notifications