Estudo detectou variação de até 6,7 ºC entre áreas próximas localizadas em Indaiatuba
Com uma distância de apenas 3,7 km entre si, duas localidades do município de Indaiatuba (SP) apresentaram uma diferença de temperatura de 6,7 ºC. Esse foi um dos dados apresentados no doutorado de Larissa Zezzo, defendido no Instituto de Geociências (IG) da Unicamp. O fenômeno da ilha de calor urbana (ICU), uma área de temperaturas mais altas quando comparada com áreas rurais, ocorreu com maior intensidade no inverno, estação mais seca do ano na região.
Os dados, coletados em dez pontos da cidade, referem-se a 2022. Entre maio e julho, a magnitude das ICUs mostrou-se extrema no ponto 6 (urbano) em comparação com o ponto 2 (rural), ficando igual a ou acima de 6 ºC (6 ºC, 6,7 ºC e 6,2 ºC). Os motivos, segundo Zezzo, cientista ambiental e agora doutora em ciências, estão associados às características da estação do ano, na qual há uma maior estabilidade atmosférica, a fatores ambientais, de uso do solo e de cobertura do solo, e a fatores urbanísticos. “Esses fatores juntos geraram essa magnitude tão elevada. Pelo menos em 10% dos dias do mês de julho, houve magnitudes extremamente grandes de ilhas de calor, quando comparamos os dois pontos.”
Leia a matéria completa de Liana Coll no Jornal da Unicamp.