A concretização de um sonho comum. Essa foi uma das frases destacadas durante a solenidade de descerramento da placa de término do prédio do Instituto de Geociências, no dia 6 de novembro. Participaram da cerimônia, o reitor Antonio José de Almeida Meirelles, o chefe de gabinete Paulo Cesar Montagner, o diretor atual do IG Márcio Antônio Cataia, o diretor associado Emilson Pereira Leite, ex-diretores e ex-diretores associados, estudantes, docentes e profissionais PAEPE da Unidade.
O reitor destacou a resiliência da comunidade do IG, que não desistiu da conclusão do prédio, mesmo após tantas dificuldades econômicas e políticas enfrentadas desde os passos iniciais para a construção do prédio. Foram 37 anos desde a aprovação do projeto inicial apresentado em um concurso arquitetônico, ainda na gestão de Amilcar Herrera. Antonio Meirelles destacou também a busca da Unicamp em reduzir gastos de energia com a instalação de placas fotovoltaicas, o que poderá implicar em novas obras no IG. “Nós temos hoje uma política muito forte de querer reduzir a nossa dependência de energia da rede. Já temos hoje 10% de energia fotovoltaica na Unicamp”, disse. No caso do IG, haverá a necessidade de reformar o telhado para instalar as placas solares. Já o chefe de gabinete, Paulo Cesar Montagner, reforçou que “à medida que avançamos para o futuro, estamos comprometidos em manter a qualidade acadêmica e a inovação que define o IG. É preciso que continuemos a buscar novas fronteiras do conhecimento, promover a interdisciplinaridade e colaborar com a comunidade científica e a sociedade para enfrentar os desafios globais que se apresentam”.
O diretor do IG, Márcio Cataia, lembrou dos recentes investimentos disponibilizados pela reitoria para a instalação dos brises, a partir do Plano Plurianual da Investimentos da Unicamp, que culminou em um melhor conforto térmico no prédio. “Esses investimentos colocados são da maior relevância para que possamos continuar com os trabalhos”, disse. Cataia lembrou também de etapas recentes concluídas quando era diretor associado, na gestão de Sergio Salles. “Importante lembrar que terminamos na gestão anterior o auditório e a sede das entidades estudantis", destacando a continuidade dos trabalhos das gestões anteriores.
Já o diretor associado, Emilson Pererira Leite, lembrou que a nova infraestrutura foi fundamental para o crescimento do IG. “O volume de projetos de pesquisa aumentou significativamente, assim como os projetos de extensão”, disse. “Um espaço como esse oferece as melhores condições para que nossos alunos desenvolvam suas pesquisas, para que os professores desenvolvam seus projetos e para que as aulas sejam administradas com a devida qualidade que os alunos merecem”, complementou.
O diretor do IG Márcio Antonio Cataia, o reitor da Unicamp José Antonio Meirelles, o chefe de gabinete da reitoria Paulo César Montagner, o diretor associado do IG Emilson Pereira Leite, o ex-oordenador geral da Unicamp e ex-diretor do IG Alvaro Crósta.
A professora Leda Gitahy representou o professor Bernardino Figueiredo, diretor entre 1989 e 1993, e lembrou que o desejo da construção do novo prédio do IG iniciou ainda na gestão de Amilcar Herrera, fundador da Unidade. Job Jesus Batista, diretor associado na gestão de Celso Pinto Ferraz entre 1993 e 1997, lembrou a trajetória desde a obtenção da pedra fundamental até a consolidação da estrutura física. Newton Muller Pereira, diretor entre 1997 e 2001, lembrou-se dos recursos obtidos através da lei Kandir e de recursos extraorçamentários disponibilizados pela reitoria para o início da construção. Alvaro Penteado Crósta, diretor entre 2005 e 2009, destacou que a vida institucional do IG esteve praticamente toda ligada ao prédio (a Unidade completou 45 anos em 2024) e que a Unidade se firmou no mundo acadêmico nacional e internacional.
Silvia Fernanda de Mendonça Figueiroa, diretora entre 2009 e 2013, apontou que a construção do prédio é um emblema do que é a construção de uma universidade pública no Brasil. Lindon Fonseca Matias, diretor associado na gestão de Roberto Perez Xavier entre 2013 e 2017, lembrou-se daqueles que contribuíram para o processo de construção do prédio – discentes, docentes, funcionários técnicos e administrativos – e da estrutura arquitetônica que se destaca no campus. Sergio Luiz Monteiro Salles-Filho, diretor entre 2017 e 2021, destacou a ocupação do edifício e dos ajustes e melhorias empreendidos.
Leda Gitahy representanto o ex-diretor do IG Bernardino Ribeiro de Figueiredo, Job Jesus Batista, Newton Muller Pereira, Lindo Fonseca Matias e Sergio Luiz Monteiro Salles-Filhos - ex-diretores e ex-diretores associados do IG.
Prédio
Em 2009, ocorreu a entrega de um primeiro módulo da construção destinado a laboratórios. Com a inauguração oficial do prédio e a instalação da biblioteca “Conrado Paschoale” em 2017, houve a mudança dos setores administrativo e acadêmico. Na sequência, foi entregue o prédio das entidades estudantis. Por fim, ocorreu a conclusão do auditório, a adequação da ocupação dos espaços, o término dos espaços de vivência, e a instalação dos brises.
Pedra fundamental
De acordo com Elson Paiva de Oliveira, que também foi diretor associado na gestão de Celso Pinto Ferraz, a pedra fundamental do IG é um granito da suíte granítica de Morungaba. A rocha foi movida para a entrada do IG pela rua Bertrand Russell. Uma nova placa, exatamente igual à descerrada em 2000, foi criada para ser novamente instalada junto à rocha.
Como se trata de uma Unidade de Geociências, a rocha foi submetida a uma análise de isótopos de urânio e chumbo no Laboratório de Geologia Isotópica, o que demonstrou sua idade de 552 milhões de anos.
Texto: Eliane Fonseca Daré
Fotos: Paulo Rufino e João Marques